segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tempestade daqui, mate a sede de lá!



A faísca alumbrada que da nuvem escapuliu, luziu tanto a madrugada, que o céu negro se abriu. A lauta chuva que desce, morreu a sede da terra. Que mata a fome da planta, que os buchos todos enterram.

Quem derá chovesse assim, cum força no pé da cerca. Que segrega a terra dura dos montes de palma seca, onde mora o desadorno de um povo encalombado, que a muito tempo goza de ficar desacordado sem temer que noutro dia a sede mate seu gado.

E os pingos d'água que escorre pelas paredes de vento, presta-se curativo, curasse esse sofrimento, das feridas e fissuras onde é seco o firmamento.

Quem derá chovesse assim encharcasse o umbuzeiro, tampasse d'água os espinhos dos galhos de juazeiro, embebesse as trincheiras do chão doente, rachado.Quem derá que nascesse um ramo verde no rubro solo calado, que farta fosse a colheita do lugar mais judiado dos quais eu tenho passado...Lá, bem longe da praia...



Texto de : "Allan.J.Mariano"

Um comentário:

  1. Nossa! é isso, é isso que me move, e é por isso que a musica não pode parar, é por isso que todo dia tem um refrão, rs


    Renato Santana

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