A faísca alumbrada que da nuvem escapuliu, luziu tanto a madrugada, que o céu negro se abriu. A lauta chuva que desce, morreu a sede da terra. Que mata a fome da planta, que os buchos todos enterram.
Quem derá chovesse assim, cum força no pé da cerca. Que segrega a terra dura dos montes de palma seca, onde mora o desadorno de um povo encalombado, que a muito tempo goza de ficar desacordado sem temer que noutro dia a sede mate seu gado.
E os pingos d'água que escorre pelas paredes de vento, presta-se curativo, curasse esse sofrimento, das feridas e fissuras onde é seco o firmamento.
Quem derá chovesse assim encharcasse o umbuzeiro, tampasse d'água os espinhos dos galhos de juazeiro, embebesse as trincheiras do chão doente, rachado.Quem derá que nascesse um ramo verde no rubro solo calado, que farta fosse a colheita do lugar mais judiado dos quais eu tenho passado...Lá, bem longe da praia...
Texto de : "Allan.J.Mariano"
Nossa! é isso, é isso que me move, e é por isso que a musica não pode parar, é por isso que todo dia tem um refrão, rs
ResponderExcluirRenato Santana