segunda-feira, 28 de junho de 2010

Só e somente só



É só e somente só por teu egoismo que estás só. É só e somente só por estar nesse invólucro de razões que construisses, que estás a perecer só. Veja a dançar verter os passos da liberdade, reproduza o grito de luta de uma semente, sinta o abstrato pulsando novas ideias nessa bomba relógio que carregas no peito, atentesse a ouvir os sinais de rádio que não possuem estação e ai então uma rachadura se fará nesse invólucro de razão. Não tenho nada contra a razão nem contra os que vivem exclusivamente dela, mas me intriga profundamente a falta da sensibilidade humana, a falta daquela inquietude que não se sabe de onde vem. Não tenho nada contra os que vivem pela razão ao contrário eles me fascinam, liberam em mim o desejo de tentar compreender qual o motivo para seguir assim, como moléculas de concreto. Os apaixonados dizem que no amor não há razões, mas dizem também que o bem amado é a razão de viver, a filosofia tem a razão como base do pensamento dos filosofos que possuem a inquietude da falta de respostas. Como acreditar que se é feliz, quando não se pode provar que está feliz? Sinceramente me fascina o simples fato de acreditar na razão sem ser necessário nada que me prove que ela existe. A razão é a contemplação do mundo de uma forma minuciosa onde há ausência de um sentimento maior que a razão o amor. Pessoas que vivem só e somente só, só não conseguem ter a inquietude de amar sem simplesmente questionar o amor. Procuro sempre motivos que são maiores até que o meu pensamento, não eu não vejo razão para viver só, para viver e só, desse invólucro eu quero ver veter muito mais.

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