Doçe peçonha que invade a alma e tira a calma, devora os sentidos, desassossega as águas.
Menina zangada essa peçonha danada, só anda olhando pro nada, nem para pra ver a estrada.
Vive bolando que nem risada entalada e sente que o tempo nunca lhe dará bofetadas.
Á criança mimada, acha que tem muito tempo antes do fim do tempo?
Mal sabe ela que na ampulheta, tempo, grão e vento se tornam a mesma coisa, particulas presas no vidro de peçonha acesa.
Menina teimosa, só lhe peço impaciosamente que aceite a rosa e deixe essa peçonha de prosa.
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